Festival 2013

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Programa

Cruzeiro - Alminha

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X Estrada de alfaiates
A década que agora terminou, a primeira do Século XXI, foi marcada, mundialmente, mais por acontecimentos negativos do que positivos. Embora a Internet tenha tido o início de uma massificação desejada por quase todos e a eleição de Obama tenha feito renascer a esperança em tantos outros, foram os atentados terroristas de Nova Iorque, Madrid, Berslan e Londres, os dois mandatos presidenciais de Bush, a continuação dos conflitos do Médio Oriente, Iraque e Afeganistão, o tsunami ao largo da Indonésia, a crise económico/financeira e os burlões/especuladores do sistema financeiro que marcaram decisivamente os anos de 2000 a 2009.
A pobreza, a fome e a exclusão social já eram medonhas e terríveis, mas todos estes nefastos acontecimentos da última década contribuíram em muito para o agravamento da situação.
Apesar de a União Europeia (UE) ser uma das regiões mais ricas do mundo, 17% da sua população não tem os meios necessários para satisfazer as suas necessidades mais básicas.
A pobreza é normalmente associada aos países em vias de desenvolvimento nos quais a subnutrição, a fome e a falta de água limpa e potável são desafios quotidianos. Contudo, a Europa também é afectada pela pobreza e pela exclusão social, onde apesar de estes problemas poderem não ser tão gritantes, são ainda assim inaceitáveis.
É necessário fazer algo. Ainda bem pois que a UE decidiu que 2010 seja o Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social. (E ainda bem que Zapatero elegeu o combate à crise como grande prioridade da presidência espanhola da União Europeia que agora começou).
Não que um ano especial possa erradicar estes problemas, mas esta decisão pode levar a que haja um compromisso político de todos, desde o nível europeu ao nível local, no sector público e no privado, a participarem na luta contra a pobreza e a exclusão social. Pode conduzir a que se motivem todos os cidadãos europeus a participarem na luta contra a pobreza e a exclusão social. Pode dar voz às preocupações e necessidades de todos quantos atravessam situações de pobreza e de exclusão social. Significa mais apoio às organizações da sociedade civil que lutam contra a pobreza e a exclusão social. E pode ainda reforçar a solidariedade entre gerações.
Não há nenhuma solução milagrosa para acabar com a pobreza e com a exclusão social mas uma coisa é certa: não podemos vencer esta batalha sem a participação de todos. É tempo de renovarmos o nosso compromisso para com a solidariedade, justiça social e maior inclusão.
Um inquérito do Euro barómetro, feito recentemente, revelava que 62 por cento dos portugueses diziam ter alguma dificuldade em viver com o rendimento doméstico mensal. Estima-se que em Portugal haja dois milhões de pobres (segundo algumas fontes seriam o dobro se não houvesse ajudas do Estado).
Claro que, como já dissemos anteriormente, a erradicação da pobreza é um fenómeno muito difícil de atingir. Mas com acções e apoios bem direccionados podemos ajudar a mudar a mentalidade e a actividade da sociedade em geral, de pôr as pessoas em primeiro lugar nas preocupações sociais, políticas e económicas. Podemos, com uma política de proximidade, ir ao encontro de soluções para os problemas que atingem particularmente as famílias mais pobres e com crianças.
E temos que ter consciência que por vezes não basta ter um emprego. Uma parte significativa dos nossos pobres têm um emprego mas têm um vencimento tão baixo e tão inseguro que não permite criar condições para as famílias poderem aliviar as suas necessidades.
Mas cuidado. Todas estas acções devem combater a “subsidio dependência” e apostar sobretudo em “no aproveitamento da cana para aprender a pescar”. Acções de favorecimento, de caciquismo e de atribuição de apoio a cidadãos que dele não necessitam, pode não só descredibilizar uma boa medida, que o é, como pode levar ao agravamento da situação de cidadãos que justamente o mereciam.

Por: Fernando Cabral
in: Jornal Nova Guarda - Edição de 06-01-2010



Madrid quer, por exemplo, criar um observatório e um mandado de detenção específico contra o crime de violência doméstica.
Esta presidência espanhola vai, no entanto, seguir novas regras, por força da entrada em vigor do Tratado de Lisboa.

Espanha assume presidência da União Europeia
A diplomacia espanhola vai ter que se acomodar num difícil equilíbrio de poderes com a Comissão Europeia, o presidente do Conselho Europeu e a Alta representante para a Política Externa e para a Segurança.

Numa mensagem transmitida pela página web da presidência espanhola, o Primeiro-ministro Zapatero reafirma as prioridades de Madrid à frente da União Europeia.

“O grande tema é a luta pela recuperação económica, pela supressão da crise e fazer da Europa uma economia mais produtiva, mas inovadora, mais sustentável. Temos que contar com os trabalhadores e com as empresas, fazer as nossas empresas mais produtivas e os nossos trabalhadores mais capacitados e sempre mantendo o grande símbolo europeu que representa o estado de bem estar e as políticas sociais” - afirmou Zapatero.
in: http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=93&did=85574